domingo, 27 de março de 2011

Viver para que?

                             

Ele pensou, eu também, mas não deu em nada.           
Estava-mos os dois sozinhos, sem ninguém, sem nenhuma protecção. Até que tivemos uma ideia. Antes de passarmos para acção conhecermo-nos melhor.      
Estava a espera que ele avança-se, eu não era capaz, ele também não parecia ser.   
Tinham passado 20 minutos e ainda não se passava nada. Eu queria um beijinho dele, nem que fosse na bochecha, mas ele nem isso dava!   
Estava a sentir-me mal, estava farta de estar ali sem fazer nada, então avancei eu.
Perguntei-lhe se ele me queria dar um beijinho e ele disse que não, eu fiquei triste, ia-me embora. Ele pegou-me no braço e beijou-me. Estava com “borboletas na barriga”, as pernas tremiam, não sabia se devia de o afastar ou de o deixar-me beijar. Tinha medo que ele tentasse alguma coisa comigo, então acabei por afastá-lo. Ele ficou triste com o que fiz. Ele ia-se embora, eu corri atrás dele, peguei-lhe no braço, mas ele rejeitou, eu gritei o nome dele, ele parou, olhou para mim, disse-me que era incapaz de me fazer alguma coisa contra a minha vontade, disse-me que eu era a rapariga que ele amava, eu fui a correr pôs braços dele, saltei para o colo dele e comecei a chorar. E disse que o amava também, ele começou-me a dar beijos no pescoço, eu sai do colo dele e vim para o chão, beijei o pescoço dele também, mordisquei-lhe o pescoço, ele gostou tanto, que eu continuei. Passamos para o sofá, era um sofá de cabedal, preto, confortável. Ele pegou-me ao colo, e deitou-me no sofá com cuidado, começou-me a beijar a boca, os lábios dele eram suaves, demos uns daqueles beijos longos, trocamos de saliva. De repente sinto as suas mãos a escorregar pelas minhas costas, direito as minhas ancas, com um ligeiro movimento escorregou ate a zona pélvica, ligeiramente foi me tirando a t-shirt. Olhou-me do umbigo a cabeça e disse-me que era perfeita e que me amava, eu sorri e disse que o amava também, beijamo-nos.
Depois de alguns beijos e a apalpões, eu disse-lhe com uma voz baixa e sensual que queria ficar por cima, ele disse também, ele ligeiramente põem a sua mão na minha coxa, a outra nas minhas costas, e trocamos com um beijo suave e longo.
Quando fiquei por cima, eu paro de o beijar e olho para ele, ele pergunta-me se havia algum problema, e eu disse que não, que ele era lindo e que o amava.
Beijei-lhe o pescoço, mordisquei-lhe o pescoço, de repente parei de lhe mordiscar, pus as mãos no peito dele, as minhas mãos escorregaram ate a zona abdominal, suavemente enfiei as minhas mãos por dentro da t-shirt e puxei-lhe a t-shirt para cima ate ao peito, comecei-lhe a dar beijos desde o umbigo ate ao peito dele, tirei-lhe a t-shirt, olhei para ele, ele sorriu-me.
Eu deitei-lhe a língua de fora, e começamo-nos a rir, abraçamo-nos, beijamo-nos como nunca nos tinha-mos beijado, o beijo foi daqueles que se da quando estamos mesmo apaixonados, aqueles que são intensos e nunca mais acabam, são aqueles que queremos dar, são aqueles que se sente “borboletas na barriga”, aqueles beijos que nos fazem sentir melhor, felizes.
Quando acabamos de dar, ele disse-me que me amava tanto, eu disse-lhe que o amava ainda mais, ele ficou bué envergonhado, e riu-se para mim.
Pus as minhas mãos no peito moreno dele, escorregaram suavemente e sensualmente, ate a zona abdominal, aquela zona que eu gosto tanto, as minhas mãos continuaram a descer ate as suas calças, pus as minhas mãos na zona do botão, demos um beijo, trocamos de saliva, desabotoei-lhe o botão das calças, sai de cima dele, levantei-me e tirei-lhe aquelas calças, aquelas que agora se usam, aquelas que fazem os rapazes bons, ele sentou-se no meio do sofá preto, pôs as suas mãos no fundo das minhas costas, olhou para cima, olhou para mim, disse-me “i love you” (eu amo-te) e eu disse-lhe”me too” (eu também) e começou-me a beijar a barriga, o umbigo, arrepiei-me toda nessa zona toda, as suas mãos começam a escorregar para as minhas nádegas, direito ao meu botão das calças, ele desabotoa-me o botão das calças. Sorri e pergunta se pode, eu respondo-lhe que claro que podia, ele suavemente desce-me as calças, beijando-me as pernas e acaba por me despir as calças.
Eu fico em tanga e soutien, ele manda-me dar uma voltinha, e diz-me que sou perfeita, eu vou ao pé dele sento-me em cima dele, ficamos de cara a cara, eu disse-lhe que ele tinha uns olhos lindos, aqueles olhos que olhamos para eles e não queremos parar de olhar, aqueles olhos meio para o esverdeado, meio para o azulado, olhos lindos.
De repente tínhamos ouvido um carro a chegar e eu disse-lhe para se vestir rápido, porque podia ser o meu pai, ele foi para o meu quarto, pôs-se debaixo da minha cama, tava lá o meu cão, o meu cão tinha começado a ladrar para ele, ele deu-lhe uma festa, o cão lá parou de ladrar.
Agora faltava eu, tinha ouvido uma chave a entrar na fechadura, só tive tempo foi de atirar os ténis dele para dentro do meu quarto, ir buscar uma túnica vestir-me num rápido e deitar-me no sofá a fingir que tava a dormir, o meu pai entrou dentro de casa, ia em direcção ao meu quarto, mas eu comecei a tossir, o meu pai voltou para trás e veio a sala, tinha de me acalmar, fechei os olhos, pensei no que me tinha acontecido a 1 minuto a trás, comecei-me a rir, e o meu pai perguntou, porque e que ainda tava assim, naquele estado e eu disse-lhe que tinha vindo para a sala por causa do Bósnia, o meu cão, disse-lhe que ele estava a fazer muito barulho e não conseguia dormir com ele.
O meu pai começou-se a rir e a dizer que ele era mesmo assim, e disse-me para tirar o cão debaixo da minha cama. Eu fui lá ao meu quarto mas primeiro dei um beijo a ele, e só depois é que tirei o Bósnia de lá.
Cheguei ao pé do meu pai dei-lhe o Bósnia, e fui para o meu quarto, fechei o meu quarto a chave, tranquei-me lá, disse a ele para sair debaixo da cama, para se vestir e para sair pela janela.
Mas ele recusou e queria continuar o que não acabamos.
Eu disse-lhe agora não dava jeito, porque tínhamos o meu pai em casa.
Ele disse-me que não íamos fazer barulho nenhum.
E eu disse que ia inventar alguma coisa para o meu pai não desconfiar.
Fui a sala onde estava o meu pai, disse-lhe que ia estudar.
O meu pai disse que eu fazia bem, pois não queria que eu tirasse más nota.
Entrei no meu quarto fui ao meu computador por música para não se ouvir nada na sala.
Ele estava deitado na minha cama, com uma cara de…nem sei explicar. Ele disse-me para tirar a túnica que tinha vestida, ta bem respondi-lhe eu.
Ao som da música comecei a dançar sensualmente, pus a minha mão no joelho e fui subindo ate as minhas ancas, com a outra mão fiz o mesmo, ele começou a ficar tipo entusiasmado não sei explicar, estava a olhar para mim, para as minhas pernas, ancas, peito, cara, já nem sabia mais, e sorria, mas não era um sorriso qualquer.
Continuei, tirei a túnica sensualmente e devagar, ele veio a ponta da cama, agarrou-me nas ancas, puxou-me encostamos os nossos corpos, sentimo-nos um ao outro beijamo-nos num beijo longo e suave. Arrepiei-me toda.
Comecei a chorar, mas acho que foi por alegria e não por tristeza, nunca ninguém me tinha feito sentir assim, assim tão arrepiada e apaixonada, estava tão feliz.
Ele ficou logo preocupado comigo, eu disse-lhe e expliquei-lhe que não era nada, que não tinha sido ele, que a culpa não era dele, o único problema era que o amava tanto e que não o queria perder por nada. Ele ficou a olhar para mim com um olhar intenso, ate me meteu algum medo, mas depois pensei bem, estavam-lhe a escorrer as lágrimas. Eu senti as tais “borboletas na barriga”, com a minha mão direita passei pela face dele, ele sorriu e disse que nunca, mas nunca se ia separar de mim, nem que o mundo acabasse, e fiquei com uma cara, e pensei para dentro na minha cabeça, quer dizer no inicio quando me conheceu era um rapaz irritante, chato, uma criancinha, não podia com ele e agora estou apaixonadíssima por ele. E sim eu amo-o muito e não o quero esquecer facilmente, quero que ele seja a minha vida agora em diante quero que ele seja especial. Abracei-o com toda a minha força, não o queria largar estava tão bem ali.
Até que alguém bateu a porta do meu quarto, eu disse a ele para se vestir num rapidinho, ele vestiu-se e acabou por se ir embora pela janela, nem nos despedimos, nem um amo-te, queria tanto acabar o que tínhamos começado. No dia seguinte de manha, na escola, fui ter com ele, vi que estava com cara de triste, deu-me um abraço, o abraço era tão forte, eu pus-lhe a mão na cara e perguntei-lhe o que ele tinha, ele disse-me que se ia embora de Portugal, eu disse-lhe para ele repetir, ele repetiu, escorregou-me uma lágrima, depois passado 1 minuto comecei a chorar, agarrei-me a ele, abracei-o e disse-lhe que não queria que ele se fosse embora, que queria ficar com ele, que ele era tudo para mim, que se ele se fosse embora eu iria morrer de desgosto de amor, que me iria partir o meu coração, que tinha sido partido tantas vezes e mais uma vez que não aguentava. Ele agarrou na minha cara, limpou-me as lágrimas e disse-me que voltaria para Portugal daqui a 2 anos e que vinha logo ter comigo, eu continuei a chorar, chorei como nunca tinha chorado, tinha-me apaixonado mesmo por alguém especial e esse alguém ira-se embora. Fiquei tão triste. Tinha tocado a campainha para irmos para a sala de aula, mas estava ali tão bem, nos braços dele, sentia o seu coração a bater fortemente, a sua respiração, ele disse-me que eu tinha de ir para a sala de aula senão acabaria por chumbar, eu disse-lhe que não queria ir e que queria ficar com ele o tempo que restava.
Sim, ele foi-se mesmo embora, abandonou-me, deixou-me, partiu-me o coração, continuo triste, duvido muito que me apaixone muito rapidamente por alguém, ele foi mesmo especial. Ele entrou na minha vida e acabou por destrui-la. Pode ser que com o tempo eu me consiga esquecer dele, e fazer a minha vida.

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